SAÚDE E ALIMENTAÇÃO


Livro sobre Hipertensão não publicado 

finalizado em agosto de 2015 

         Hipertensão, a Doença Silenciosa 




Índice

Introdução: Hipertensão, uma Doença Silenciosa
Como o Coração Funciona
O que é a Pressão Arterial
O que é Hipertensão Arterial
Como se Mede a Pressão Arterial
Níveis de Pressão Arterial
Fatores de Risco para a Hipertensão
Sinais de Hipertensão Arterial
Tipos de Hipertensão
Exames Médicos para Prevenir ou Diagnosticar a Hipertensão
Doenças Relacionadas à Hipertensão
Prevenção contra a Hipertensão
O Sal
O Sedentarismo e a Atividade Física
O Tabaco
O Álcool
A Cafeína
O Estresse
Tratamento da Hipertensão
Culinária para Hipertensos
Saladas
Salgados
Doces
10 Dicas sobre Hipertensão
Fontes de Informação



                            Hipertensão, uma Doença Silenciosa


            Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) a hipertensão arterial é responsável por 51 % dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e 45 % dos ataques cardíacos. Na maioria dos casos a doença não apresenta sintomas e de acordo com o Ministério da Saúde a proporção de brasileiros que sofrem de hipertensão se elevou de 21.6 %, em 2006, para 23,3 %, em 2010. O presidente da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Roberto Franco declarou, ainda em 2013, que: “Hoje, no Brasil, um em cada três brasileiros em idade adulta sofre com a pressão arterial elevada.”
            A ausência de sintomas culmina com o descobrimento tardio da doença e ainda segundo Heno Ferreira Lopes, cardiologista da Sociedade Brasileira de Hipertensão: “A maioria dos pacientes hipertensos não sente absolutamente nada porque a doença se vai se desenvolvendo aos poucos na vida da pessoa. Começa lá embaixo e vai aumentando no decorrer dos anos. O organismo vai se acostumando com a pressão e não emite alerta.”
            Já o médico Dráuzio Varella considera a hipertensão como: “uma doença democrática que acomete crianças, adultos e idosos, homens e mulheres de todas as classes sociais e condições financeiras.” Assim a pressão alta também está presente entre crianças e adolescentes, com cerca de 3 % dos casos no mundo.  A doença se instala, com maior incidência, entre os 30 e os 50 anos. E se manifesta, em 50 % dos casos, acima dos 55 anos. 
            Assim que diagnosticada a hipertensão arterial necessita de uma série de remediações que vão da mudança dos hábitos alimentares, ao exercício físico regular, à diminuição do estresse e até a utilização de medicamentos.
            Nesse volume de “Hipertensão, a Doença Silenciosa” pretendemos apresentar um amplo panorama da doença, suas origens, sintomas, tratamentos e demais informações para que o hipertenso possa viver bem e controlando de maneira adequada seu quadro clínico. Também pretendemos discutir como evitar a eclosão do quadro hipertensivo e recomendamos também algumas receitas com menos gordura e sal para aguçar o paladar.


            Viva com saúde!



                                                           Worney Almeida de Souza


                        

Como o Coração Funciona


O coração é formado por quatro câmaras: átrio direito, átrio esquerdo, ventrículo direito e ventrículo esquerdo. Ele é o músculo mais importante em nosso corpo.
Cada lado do coração tem uma função: o lado esquerdo do coração recebe esse sangue oxigenado e o bombeia de volta para o resto do corpo, através das artérias, arteríolas e capilares. Já o lado direito recebe o sangue pobre em oxigênio de todas as veias do corpo e bombeia o precioso líquido pelas artérias pulmonares até os pulmões, onde o sangue é oxigenado.
O sangue circula pelo corpo, fornecendo oxigênio e nutrientes para os tecidos através dos capilares e recebe dióxido de carbono e outros resíduos produzidos pelo corpo. O sangue volta ao coração e o ciclo de oxigenação e purificação recomeça, num fluxo ininterrupto de vida. O sangue é enviado para os outros órgãos do corpo em alta pressão.
            O coração tem quatro válvulas que controlam o fluxo de entrada e saída do sangue no coração: válvula aórtica, válvula mitral, válvula tricúspide e válvula pulmônica (também chamada de válvula pulmonar). As válvulas são como portas unidirecionais que mantém o fluxo sanguíneo em uma única direção. As válvulas são formadas por duas ou três abas rígidas de tecido que são chamadas de folhas. Essas folhas se abrem para a passagem do sangue pela válvula e fecham para evitar que o sangue volte à câmara do coração. O coração contrai e relaxa 100 mil vezes por dia e o fluxo de abertura e de fechamento das quatro válvulas é controlado pela pressão sanguínea de cada câmara do coração.
            O coração tem três camadas: endocárdio (uma camada lisa dentro do coração), miocárdio (uma camada média do músculo cardíaco) e o pericárdio (uma camada que rodeia o miocárdio).
O sangue corre por dentro das artérias coronárias quando o coração relaxa, quando o músculo está contraído, a grande pressão não permite que o sangue passe através do coração. Assim o coração necessita de uma rede muito grande e eficiente de pequenos vasos sanguíneos para levar o sangue para os outros órgãos do corpo. 
            As artérias coronarianas saem da aorta no ventrículo esquerdo e são pequenas, medem cerca de 4 ml de diâmetro. Elas são as primeiras artérias que recebem o sangue rico em oxigênio. A artéria coronária esquerda apresenta dois ramos principais, que também se ramificam. Essa artéria supre quase todo o ventrículo esquerdo que envia o sangue para todo o corpo. A artéria coronária direita é menor e supre o ventrículo direito e o lado abaixo do coração, de onde parte o sangue para os pulmões.
             As artérias coronárias são as responsáveis pela distribuição do sangue revigorado por todo o corpo, se elas são obstruídas o coração pode ficar comprometido.


                   O que é a Pressão Arterial

            A pressão arterial é a força ocasionada pela contração do coração e das paredes das artérias que bombeiam o sangue através dos vasos. A pressão é determinada pelo volume de sangue que sai do coração e a resistência encontrada para circular em todo o corpo. Em cada contração do coração uma onda de sangue é enviada para as artérias, exercendo pressão às paredes internas delas. Podemos sentir essas pulsões no pescoço, nos braços, nos punhos, nos pés e nas virilhas. O pulso não é a pressão arterial, mas a passagem de sangue como uma onda. A pressão arterial é a força feita de dentro para fora nas paredes das artérias. Assim a pressão não depende do pulso, mas o pulso depende da pressão.
            A pressão arterial está relacionada com a fluidez ou com a viscosidade do sangue; da resistência à passagem do sangue; do volume de sangue circulante no corpo; da presença de hormônios reguladores da pressão e de reguladores neurológicos químicos que estão presentes ao longo de todo o corpo.  


                   O que é Hipertensão Arterial


            A hipertensão (hiper significa muito ou bastante e tensão alude à pressão nas paredes das artérias) arterial ou pressão alta (como é popularmente conhecida) é relacionada com a pressão que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular e que faz que o coração exerça um esforço maior para bombear o sangue pelos vasos sanguíneos. Se as artérias estão estreitas pela presença de camadas de gordura em seu interior a pressão aumenta para que o fluxo de sangue circule. Assim o coração pode ficar dilatado e as paredes das artérias podem ficar danificadas.
              O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) estima que entre 30 % e 35 % da população brasileira acima dos 40 anos sofre de hipertensão.
            Já o instituto American Heart Association considera que a hipertensão é uma doença crônica responsável por o maior número de consultas nos sistemas de saúde de todo o mundo e tem um importante impacto econômico e social.
A hipertensão é um dos principais fatores de risco para a ocorrência de acidente vascular cerebral (trombolembólico ou hemorrágico), enfarte agudo do miocárdioaneurisma arterial, doença arterial periférica e uma das causas de insuficiência renal crônica e insuficiência cardíaca.


                   Como se Mede a Pressão Arterial

A pressão arterial é originada por duas medidas: quando o músculo está contraído (pressão sistólica) e quando o músculo está relaxado (pressão diastólica). A pressão sistólica normal (máxima) está situada entre 100 e 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e entre 60 e 90 mmHg está a pressão diastólica (mínima). É considerada uma pressão arterial ótima a medida de 120/80 mmHg ou 12 por 8. A medida se altera com a idade.
A leitura mais confiável da pressão arterial deve ser feita depois de um período de repouso do paciente, de até dez minutos em um ambiente calmo. A leitura deve ser feita com o paciente sentado. A largura da braçadeira do tensiômetro, ou do esfigmomanômetro ou ainda o medidor de pressão digital deve corresponder a 2/3 do comprimento do braço, rodeando todo o braço e não pode estar estreita demais, nem muito larga para evitar falsos resultados. A braçadeira deve ser posicionada 3 cm acima da dobra do cotovelo. O braço deve sempre está à altura do coração e o cotovelo levemente dobrado. Podesse fazer a leitura nos dois braços, mas a preferência recai sobre o direito.
O paciente deve estar com a bexiga vazia, não pode ter consumido álcool, café ou alimentos ou mesmo fumado 30 minutos antes da medição e muito menos ter feito exercícios físicos. Não se pode medir a pressão arterial em momentos de estresse, esforço físico ou nervosismo sob risco de alterar o diagnóstico.
 Existe um fenômeno curioso chamado de “hipertensão do avental branco”; muitas pessoas tem sua pressão aumentada na presença de profissionais de saúde ou quando visitam o consultório médico. A ansiedade ou o nervosismo do paciente pode aumentar a medição. A solução encontrada é repetir o procedimento por mais de uma vez e em dias seguidos para se ter um diagnóstico confiável.  
A pressão arterial pode ser medida anualmente como prevenção e de maneira mais frequente depois dos 50 anos de idade.


                        Níveis de Pressão Arterial

            Pressão arterial de acordo com a idade

            Idade                                      Pressão Média em mmHg

            4                                             98/60
            6                                             105/60
            10                                           112/64
            11 a 20                                   120/75
            21 a 30                                   124/75
            31 a 40                                   124/78
            41 a 50                                   130/82
            51 a 60                                   140/80
            61 a 80                                   142/80
            Mais de 80                             142/78

            Níveis Normais de Pressão Arterial

            120/80 mmHg pressão ótima
            130/85 mmHg pressão normal
            130 a 139/ 85 a 89 mmHg pressão normal alta

            Níveis Anormais de Pressão Arterial

            140 a 159/ 90 a 99 mmHg hipertensão nível I (leve)
            160 a 179/ 100 a 109 mmHg hipertensão nível II (moderado)
            Mais de 180/100 mmHg hipertensão nível III (severo)


                   Fatores de Risco para a Hipertensão

            Os fatores de risco que causam a hipertensão arterial têm diversas origens e são agrupados em dois segmentos.

            Fatores de risco não modificáveis: histórico familiar (origem genética), idade, raça e sexo.
Segundo o cardiologista Heno Ferreira Lopes, da Sociedade Brasileira de Hipertensão: “O histórico genético tem alto peso sobre a incidência da hipertensão. Se o pai e a mãe têm, a chance é de 50%. Se apenas um dos genitores possui, vai para 30%. Mas mesmo quando o caso não é com os pais, mas com avôs, existe o risco”.
A pressão arterial eleva-se após os 60 anos de idade. Isso acontece pelo endurecimento das artérias que perdem a elasticidade e deixam de absorver a onda do pulso de sangue que circula no corpo.
            As pessoas de origem africana nos países ocidentais têm uma prevalência maior de hipertensão que outros grupos raciais. Isso se deve ao modo diferente de como o sal é controlado no organismo dos afro descendentes. Existem estudos relacionando a forma de como os originários da África foram trazidos para o novo continente. Segundo a doutora Yara Aguiar, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, em Brasília: “Muitos negros morreram quando foram trazidos da África para a América. Acredita-se que a desidratação foi a causa da maior parte destes óbitos. Assim, aqueles que sobreviveram consumiram grandes quantidades de sal com o objetivo de reter mais líquidos. Por este motivo, estas pessoas se tornaram mais sensíveis ao sódio, característica que foi repassada aos seus descendentes.”   
            As mulheres também apresentam índices maiores de pressão alta do que os homens, especialmente as idosas. Segundo o conselheiro da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Décio Mion: “Depois dos 50 anos, é comum a mulher ser mais hipertensa porque ela perde a proteção dos hormônios.” Outro fator de risco é que a população feminina se alimenta pior e faz menos atividade física que a masculina, isso acarreta a obesidade e o sedentarismo. De acordo com o cardiologista Marcelo Cantarelli da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI): O risco aumenta com a idade. Estima-se que acima dos 50 anos, 40% das mulheres estejam hipertensas e acima dos 70 anos, mais de 50%.” 

Fatores de risco modificáveis: obesidade e sobrepeso, ingestão de sal, gorduras e cafeína, sedentarismo, estresse e fumo.
Os maus hábitos alimentares, o consumo de alimentos industrializados e a consequente obesidade, associados à ingestão de bebidas alcoólicas e abuso do sal intensificam os riscos da hipertensão.
Pacientes com hipertireoidismo, com problemas renais e endocrinológicos têm mais tendência a desenvolver a doença.
            Durante a gravidez a hipertensão também pode se manifestar. Pode aparecer em mulheres que nunca haviam demonstrado sintomas e pode ter consequências graves para a mãe e para o feto. Segundo a página eletrônica abc.med.br: “Esse distúrbio se apresenta sob duas formas: pré-eclâmpsia, que é o aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela urina e que pode evoluir para um quadro mais grave, e eclâmpsia, que é a evolução da pré-eclâmpsia, apresentando além da pressão elevada, várias complicações e acessos repetidos de convulsões, as quais podem terminar em coma e, eventualmente, em morte. As mulheres que já eram hipertensas antes da gestação e que continuarão a sê-lo depois, não se enquadram no mesmo grupo diagnóstico daquelas que só apresentam a hipertensão especificamente durante a gravidez. As mulheres hipertensas, ao engravidarem, demandam cuidados especiais, alguns deles semelhantes aos que se deve ter com a pré-eclâmpsia ou a eclâmpsia, mas sua hipertensão em geral não assume as proporções e os riscos potenciais da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia. Por outro lado, as mulheres que sofreram pressão alta ou hiperglicemia durante a gravidez têm uma maior tendência a apresentarem esses problemas posteriormente.”
            Não se sabe exatamente como é o mecanismo da hipertensão arterial na gravidez. Mas existe um consenso entre os médicos e pesquisadores de que a doença e suas complicações resultam na má adaptação do corpo da mãe à situação de gestação. O começo do problema pode estar na má formação da placenta.


                        Sinais de Hipertensão Arterial

            A hipertensão é uma doença silenciosa, que pode se manifestar muito tempo depois que estiver instalada no corpo. Assim o paciente pode ser hipertenso e não suspeitar.
            Alguns sinais ou sintomas do aparecimento da hipertensão arterial são os seguintes: cansaço, visão borrada, sangramento nasal, escurecimento da visão, tonturas, fraqueza, inchaço dos pés e das mãos, palpitação, urinar á noite, dispneia, fraqueza muscular em um lado do corpo ou dor no peito.
            Também podem aparecer: dores de cabeças inexplicáveis e repetidas, ao acordar, localizada na nuca ou dores na parte frontal da cabeça, motivadas pelo estresse ou pelo cansaço.
            Muitas vezes a hipertensão é diagnosticada quando do atendimento médico para qualquer outra doença. É indicado medir a pressão arterial em todas as consultas médicas. Procure um médico se tiver sintomas persistentes, intensos, novos ou sintomas recorrentes.


                        Tipos de Hipertensão

            Existem dois tipos de hipertensão: a primária e a secundária. 
            A primária também é chamada de idiopática e não tem causa definida. Corresponde a 90% dos casos. Desenvolve-se lentamente e, no início, não apresenta sintomas. Pode ser motivada pelo aumento do volume do sangue, causado por um defeito no sistema regulador de líquidos dos hormônios e dos rins. Também pode ser originado pelo aumento da resistência à passagem do sangue nos vasos.
            A hipertensão secundária correspondente aos 10% restantes dos casos e tem causa conhecida. É secundária a outra doença da aorta, do cérebro, dos rins ou de uma das glândulas. O tratamento da hipertensão secundária passa pela cura da doença ou a condição que causou o desconforto corporal.
            Algumas causas da hipertensão arterial secundária são: diabetes mellitus, disfunção de tireóide, problema neurológico, gravidez, doença renal, doença renovascular, coarctação da aorta (estreitamento de nascença), disfunção de paratireóide, disfunção de hipófise, hiperaldosteronismo primário, tumor de supra-renal ou ainda disfunção de supra-renal.


         Exames Médicos para Prevenir ou Diagnosticar a Hipertensão
           
            De acordo com a prescrição médica existem exames que podem prevenir ou diagnosticar a hipertensão arterial:
            Ecocardiograma color Doppler que mostra a espessura das paredes do coração e o tamanho de suas cavidades. A hipertensão mais pronunciada apresenta as paredes do coração mais espessas e um aumento dos diâmetros do ventrículo esquerdo, que bombeia o sangue para todo o corpo.
            Eletrocardiograma de esforço ou teste ergométrico em esteira que identifica obstruções das coronárias e se durante o exercício a pressão sobe ou se mantém nos níveis aceitáveis.  
            Eletrocardiograma que detecta a isquemia (redução do fluxo) ou a hipertrofia (aumento) através do músculo cardíaco.
            Exames de sangue que apresentam os níveis de ureia e creatina (se altos indicam doença renal) e níveis de potássio (se baixos indicam a disfunção da glândula supra-renal).
            Colesterol, HDL, LDL e triglicerídeos os aumentos dos índices dessas gorduras são associadas à hipertensão.
            T3, T4, TSH e hormônios da tireoide que quando alterados podem elevar a pressão arterial.
            Glicose sanguínea identifica diabetes que é associada à hipertensão.
             Exame de urina que pode apresentar a presença de glóbulos vermelhos ou brancos (doença renal), proteína ou glicose (diabetes).
            Raio X de tórax pode mostrar o coração aumentado.
            Ecografia abdominal identificando a forma e o tamanho dos rins.
            Proteina C reativa indica a inflamação nos vasos sanguíneos pelo deposito de gordura.
            Cintilografia renal se apresentar a diminuição do tamanho dos rins pode caracterizar a redução do fluxo de sangue através dos rins e uma obstrução na artéria renal.


                        Doenças Relacionadas à Hipertensão

            Doença coronária: que pode levar a angina que é a dor no peito provocada pela redução do bombeamento sanguíneo para uma determinada área do músculo cardíaco, motivada pela obstrução parcial de uma artéria coronária.
            Infarto do miocárdio: destruição de parte do músculo cardíaco, pela interrupção do suprimento de sangue.
            Acidente vascular cerebral: derrame ou tromboses.
            Doença arterial periferia: obstrução de artérias das pernas com consequente dor ao caminhar. 
            Isquemia cerebral transitória: redução passageira da circulação cerebral ocasionada por contração ou espasmo de uma artéria.
            Cardiopatia hipertensiva: a pressão alta durante um longo período pode afetar o músculo cardíaco, diminuindo sua contração.
            Hipertrofia do ventrículo esquerdo: espessamento das paredes do coração ocasionado pelo esforço maior ao contrair motivado pela resistência proporcionada às artérias.
              Nefropatia hipertensiva: doença renal ocasionada pela pressão alta sobre os vasos renais e modifica a circulação dos rins.
            Retinopatia hipertensiva: alteração nas artérias da retina.



                   Prevenção contra a Hipertensão


            A prevenção e o controle da hipertensão arterial passam pela mudança de hábitos alimentares e de vida. Apresentamos a seguir os fatores de risco modificáveis da pressão alta, suas motivações e as formas de remediação desses males.   

            O Sal

            O Sódio é um mineral essencial para o organismo. Ele ajuda a equilibrar os líquidos do corpo, como também ajuda a transmissão dos impulsos nervosos para o relaxamento e a contração dos músculos.
            O sódio é obtido pela deglutição dos alimentos. Boa parte dele é obtida dos alimentos processados e no preparo das refeições. O sal (apresentado como cloreto de sódio- 40 % de sódio e 60 % de cloreto) é a fonte mais comum do mineral. As fontes do sódio são: 77 % de alimentos processados, 11 % do sal de cozinha, 11 % de alimentos não processados e 1 % da água potável. 
            O sal ou o sódio (apresentado como bicarbonato de sódio, nitrito de sódio, hidróxido de sódio, cloreto de sódio, benzoato de sódio ou outros) é o grande vilão ou motivador da hipertensão. O consumo diário recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de cinco gramas por dia, o que corresponde à uma colher de chá rasa. O sódio retém líquido no corpo, aumentando a circulação de sangue e, em consequência, a pressão arterial. A elevada ingestão de sódio durante o decorrer dos anos aumenta o teor de sódio, contraindo com mais intensidade e reduzindo o calibre das artérias menores. Abrindo o caminho para o aparecimento da hipertensão.
            O hipertenso tem mais dificuldade de eliminar o sal do corpo e também sente menos o gosto do mineral e acaba usando mais quantidade para temperar os alimentos.
            O sal não está só no saleiro. Ele está presente, em grande quantidade, em alimentos cotidianos como o pão francês, biscoitos doces e salgados. Todos os embutidos são ricos em sal como salsichas, linguiças, salames, copas e outros. Todos os alimentos pré-prontos, processados, conservas e enlatados são conservados com sal. Peixes e carnes defumadas são processados com sal na defumação. Os alimentos apresentados em saquinhos (os famosos e baratos “salgadinhos”) tem uma quantidade exagerada de sal em sua composição. Todos os queijos e molhos são processados com grande quantidade de sal.
            A prevenção ou o controle do sódio teve começar pela retirada do saleiro da mesa. Também é interessante a substituição por outros condimentos como vinagres e limão nas saladas ou pimenta ou páprica picante nos molhos. Podesse usar alho, cebola, alecrim, salsa, gengibre, sálvia e outras ervas e temperos.
            Os alimentos naturais e frescos devem ser privilegiados. Os vegetais, legumes e frutas devem se tornar componentes diários das refeições. Devesse evitar alimentos, condimentos e molhos industrializados, processados ou pré-prontos. 
            O paladar pelo sal é adquirido pelo consumo. As papilas gustativas se adaptam com o passar do tempo à redução da ingestão do mineral. Com menos sódio readquirimos o sabor dos alimentos.
           

            O Sedentarismo e a Atividade Física

            O sedentarismo é, certamente, um dos males da vida urbana. Os habitantes das cidades trabalham, se locomovem e passam a maior parte de seu dia sentados. Os meios de transporte são cada vez mais cômodos e as pessoas se divertem e trabalham na frente de uma tela de computador, celular ou televisão. A inatividade está associada à hipertensão e a obesidade. A perda de peso proporciona um ganho significativo na qualidade de vida, assim como na diminuição da pressão arterial.
            Segundo o doutor Fernando Lucchese, no livro “Desembarcando a Hipertensão”: “As pessoas com excesso de peso têm a pressão mais alta, porque têm que queimar as calorias ingeridas em excesso e comem mais sal. Para cada quilograma que você perde, sua pressão baixa pelo menos 1 mmHg. A perda é o método mais eficaz de reduzir a pressão arterial.”  
            As atividades físicas são importantes para controlar o peso corporal, as taxas de açúcar e gordura no sangue e a pressão arterial. O exercício melhora a capacidade cardíaca e pulmonar, deixando o coração mais forte, fazendo que ele bombeie mais sangue com menos esforço. Também abaixa a pressão arterial porque provoca a dilatação dos vasos, diminuindo a resistência da passagem do sangue, reduzindo a formação de placas de gordura nas artérias. Esse processo é conhecido como aterosclerose e é uma doença que causa mais mortes no mundo.
            Os exercícios mais indicados são os aeróbicos, de intensidade moderada e de longa duração. Essas atividades melhoram a função do pulmão e do coração, baixando os níveis de estresse, pressão arterial e colesterol. Os exercícios aeróbicos envolvem grande quantidade de músculos, sem alterações na pressão arterial.
            As atividades mais adequadas são caminhada, ciclismo, natação, dança, yoga, hidroginástica e outros. Não se pode esquecer de realizar alongamentos antes de cada sessão de exercícios.
            Os exercícios anaeróbicos não são indicados, pois tem curta duração e muita intensidade para desenvolver o condicionamento físico e formam massa muscular. Tendem a aumentar a pressão arterial. São exercícios anaeróbicos os esportes coletivos (futebol, basquete, vôlei e outros), corridas, musculação, abdominais, flexões e outros.


            O Tabaco

A nicotina do tabaco é o elemento que faz a pressão arterial aumentar. Com as outras centenas de substâncias químicas presentes no cigarro, a nicotina é assimilada pelos pequenos vasos dos pulmões e distribuída pela corrente sanguínea. Quase que imediatamente ela chega ao cérebro, que envia sinais para a liberação do hormônio epinefrina (adrenalina) que estreita os vaso sanguíneos, forçando o coração a bombear com mais força o sangue pelo corpo.
            Tanto a pressão sistólica como a diastólica aumentam em cerca de 10 mmHg pelo consumo de dois cigarros. A pressão permanece alterada durante o consumo e até 30 minutos depois de parar de fumar. Quem é fumante cotidiano mantém a pressão alta na maior parte do dia. As substâncias químicas absorvidas da fumaça do tabaco afetam as paredes internas das artérias possibilitando o acúmulo de placas de gordura, causando estreitamento. O tabaco também libera hormônios que retém líquido no corpo. Esses dois fatores são desencadeantes da hipertensão.
            O fumo também interfere a ação de alguns medicamentos para a pressão arterial, impedindo a melhor eficácia ou mesmo a ação desses remédios. A combinação de fumo e hipertensão aumenta muito o risco de insuficiência cardíaca, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.    
            Abandonar o consumo do tabaco é um benefício não só para a hipertensão, como também para enviar o surgimento de dezenas de outras doenças consequentes.


O Álcool

            O consumo de álcool em excesso pode aumentar a pressão arterial. O álcool em demasia desencadeia a liberação de hormônios como a epinefrina (adrenalina) que estreitam os vasos sanguíneos e causam a retenção de água e sódio.
            As bebidas alcoólicas têm diferentes quantidades de etanol e podem afetar de maneiras diferentes o consumidor. Discutesse que doses moderadas de álcool não interferem na pressão arterial, mas todos os estudos são conclusivos ao afirmar que o consumo excessivo muito contribuiu para o aumento da pressão arterial e é muito perigoso para o paciente que já tem a hipertensão instalada.  
O consumo moderado diário de álcool para o homem é de cerca de duas garrafas de cerveja de 360 ml, dois drinques, duas taças de vinho de 160 ml ou ainda dois cálices de licor. Já para as mulheres e homens mais baixos, que metabolizam o álcool de forma diferente, a quantidade é de metade que a dos homens.
            O etanol presente nas bebidas alcoólicas prejudica vários órgãos do corpo humano como o fígado, o pâncreas, o coração e o cérebro. Além de viciar, prejudicar os reflexos, causa problemas sociais e econômicos de grande monta para a sociedade e para cada um. O álcool também eleva a pressão arterial e altera o efeito de medicamentos, como tranquilizantes e anti-hipertensivos. Além de todos esses efeitos nocivos, as bebidas alcoólicas têm muitas calorias e não alimentam, contribuindo para o aumento do peso corporal. O álcool é responsável por cerca de 10 % dos casos de hipertensão entre os homens. Por todos esses aspectos, o consumo diário de bebidas alcoólicas deve ser reduzido ou mesmo eliminado do cotidiano.


A Cafeína

            A cafeína é um estimulante brando e está presente no café, no chá, no chocolate e nos refrigerantes. Segundo o livro “Guia da Clínica Mayo sobre Hipertensão”: “..a quantidade de cafeína em duas a três xícaras de café (200 a 250 mg) aumenta a pressão sistólica em 3 a 14 mmHg e a pressão diastólica em 4 a 13 mmHg nas pessoas que não sofrem de hipertensão.” Segundo alguns pesquisadores a cafeína estreita os vasos sanguíneos ao bloquear os efeitos do hormônino adenosina, que ajuda a manter a elasticidade da veias. Também estimula a glândula supra-renal a liberar mais adrenalina e cortisol.
            De maneira geral a cafeína deixa o paciente mais ansioso e irritável, também pode ocasionar azia, diarreia, distúrbio gastrintestinal ou constipação. A bexiga pode ser irritada com a presença da cafeína e pode causar mais urina, pois é um diurético leve.
            A recomendação é a restrição do café (uma ou duas xícaras) e dos refrigerantes (uma ou duas latas) diariamente. Também devesse evitar o consumo de cafeína antes de atividades anaeróbicas que normalmente já aumentam a pressão arterial.


            O Estresse

            O estresse é a forma de como o corpo reage em situações de perigo, quando se fica nervoso, assustado, em alerta ou quando nosso corpo necessita de mais atenção e energia para realizar uma tarefa ou trabalho urgente. Nessas situações a pressão arterial aumenta para que nosso organismo responda de maneira efetiva para enfrentar a origem do problema. Assim que o perigo se afasta nosso organismo volta a funcionar normalmente e a pressão abaixa. Mas se o paciente vive em constante estresse, nervosismo ou reage de maneira violenta aos problemas cotidianos, o estresse pode ocasionar a hipertensão.
            O estresse se manifesta quando se tem que encarar um desafio, resolver um problema ou fugir da situação desconfortável. O corpo libera uma grande quantidade de hormônios como a adrenalina e o cortisol, que fazem o coração bater mais rápido e a pressão aumentar. O organismo também libera uma proteína chamada de fibrina que faz o sangue coagular com mais facilidade, para interromper ou diminuir o sangramento de uma ferida. As pupilas dilatam para melhor a visão. A transpiração é maior para resfriar o corpo.
            Existe o estresse positivo quando o corpo fica em alerta, ansiosos ou excitados com situações ou ambientes desconhecidos, com uma surpresa ou mesmo uma mudança de vida significativa como o nascimento de um filho, uma nova escola, um novo emprego ou uma viagem. Os atletas ou desportistas também tem sua pressão arterial aumentada durante as competições e disputas. Porém também existe o estresse negativo quando o paciente perde o controle e vive sob pressão social, econômica ou emocional constantes. O corpo apresenta muitos sintomas do estresse: as emoções mudam e afetam o modo de agir, sentir e pensar. A pessoa pode ficar mais emotiva, irritável ou desanimada.
            O estresse normal produz os efeitos de alerta desejados e o corpo volta ao normal, com a diminuição da pressão arterial. Mas se as situações de estresse persistem e de tornam agudas, a pressão alta pode causar danos nas artérias, no coração, no cérebro, olhos e rins. Esse efeito acumulativo de estresse pode se apresentar como um grave problema de saúde, como a hipertensão.


                        Tratamento da Hipertensão

O tratamento da hipertensão arterial inclui uma mudança de hábitos e uma rotina mais saudável de vida. O paciente pode se tornar hipertenso pelo aumento excessivo do peso ou sofrer momentos de estresse. Se emagrecer ou superar os motivos de estresse, a pressão pode voltar ao normal. O tratamento pode incluir o uso de medicamentos de acordo com as necessidades do paciente.
O tratamento medicamentoso inclui anti-hipertensivos como:
Diutéricos tiazídicos (hidroclorotiazida, ciclopentatiazida, indapamida e outros) que dilatam os vasos aumentando a eliminação de urina e reduz o líquido circulante no corpo.
Bloqueadores do canal de cálcio (diltiazem, verapamil, micardipina e outros) provocam a dilatação dos vasos, regulando a pressão, pois bloqueiam a ação contrátil do cálcio sobre a musculatura das arteríolas.
Betabloqueadores (ismolol, nadolol, pindolol e outros) bloqueiam a ação dos hormônios noradrenalina e da adrenalina que são responsáveis pela aceleração da frequência do coração quando o corpo está alerta. Os betabloqueadores baixam a frequência dos batimentos e reduzem a contração do coração.
Alfabloquadores (doxazosina, praozsina, fenoxibenzamina e outros) bloqueiam a ação da adrenalina e relaxam a bexiga.
Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) (captopril, lisinopril, fosinopril e outros) impedem a ativação do hormônio angiotensina II que contraem os vasos sanguineos. Esse medicamento protegem os rins.
Antagonistas dos receptores de angiotensina (ARA) (losartan, irbesartan e outros) inibe a ação da angiotensina II, um vasoconstritor potente.
Esses medicamentos podem ser usados em associação entre eles. É importante ressaltar que todo o remédio só pode ser tomado com a prescrição médica e sobre orientação de um profissional de saúde capacitado (cardiologista) para o tratamento da hipertensão. Cerca de 90 % dos pacientes hipertensos vai necessitar do uso continuo de medicamentos.
Convém acentuar que o tratamento medicamentoso da hipertensão deve ser seguido à risca e não pode ser abandonado ou negligenciado pelo paciente, sob risco do agravamento da doença.  


Culinária para Hipertensos

            A obesidade é o dos fatores externos de maior risco para o desenvolvimento da hipertensão arterial. A situação pode acelerar em dez anos o surgimento da doença. A ingestão exagerada de gorduras saturadas e sal e a falta de consumo de vegetais, legumes e frutas colaboram para o aparecimento da hipertensão. Assim o cuidado com a alimentação cotidiana e a mudança dos hábitos diários podem inibir, controlar ou mesmo contribuir para o tratamento da hipertensão.
            Apresentamos, a seguir, uma série de receitas com baixo índice de sal e de gorduras e ricas em fibras.


            Bom apetite!


Saladas

Salada de Radichio com Molho de Manjericão

Ingredientes:

1 prato de sobremesa de alface americana
1 prato de sobremesa de radichio
1 prato de sobremesa de alface frisée
100 gramas de tomate cereja
200 gramas de queijo minas sem sal e
100 gramas de croutons de pão integral

Modo de preparação:

Lave, seque e rasgue as alfaces. Coloque em uma saladeira. Corte o queijo em cubinhos. Acrescente às folhas os tomates, o queijo e os croutons. Regue com o molho de manjericão, antes de servir.


Salada Catalan

Ingredientes:

4 cenouras médias de cenoura
1 copo cheio de uvas passas
1 limão
2 maçãs médias de maçã e
1 xícara de chá de iogurte natural


Modo de preparação:

Lave, descasque e rale a maçã e a cenoura. Coloque a maçã de molho em água com limão. Misture a cenoura, a maçã, as passas e o iogurte natural. Sirva.

Salada Tropical

Ingredientes:

04 rodelas de abacaxi, sem o miolo, cortadas ao meio
300 gramas de cenoura ralada
Meia xícara de nozes moídas
01 pote de iogurte natural light
01 banana d'água grande
01 maçã verde com casca em fatias finas.
01 maçã vermelha com casca em fatias finas
02 colheres de sopa de passas brancas
02 colheres de sopa de azeite de oliva
02 colheres de chá de salsinha picada
01 colher de chá de páprica picante e
Meia xícara de maionese caseira sem sal

Modo de preparação:

Rale as cenouras e corte as frutas. Bata o iogurte, a maionese, as nozes moídas, a salsinha e a páprica. Coloque as frutas com a cenoura ralada numa saladeira. Depois coloque o creme feito com o iogurte e misture bem.  Coloque as passas brancas. Deixe na geladeira por quatro horas. Sirva gelada.

Salada de Endívia com Mel

Ingredientes:

2 endívias
Meia xícara de chá de pecã
150 gramas de queijo minas fresco sem sal
1 colher de café de mel
1 colher de café de pimenta-do-reino
2 colheres de sopa de óleo de canola
3 colheres de sopa de vinagre de maçã e
1 colher de chá de alecrim picado

Modo de preparação:

Lave e enxugue as endívias. Coloque em uma travessa e no centro agrupe o queijo picado em cubos e as pecãs picadas. Misture o mel, o vinagre, o óleo, a pimenta e o alecrim. Regue as endívias com o molho  e sirva.


Salada de Alcachofra

Ingredientes:

12 corações de alcachofra
1 colher de sopa de salsinha picada
4 ovos cozidos picados e
2 colheres de sopa de orégano
Molho:
1 colher de sopa de óleo de canola
Meia colher de café de mostarda em grão
1 colher de sopa de vinagre de maçã
1 colher de chá de mel
1 colher de café de raspas de limão e
1 colher de café de hortelã seca

Modo de preparação:

Em uma travessa coloque as alcachofras e os ovos. Polvilhe com a salsinha e o orégano. Misture o vinagre, o óleo, uma pitada de mostarda moída na hora e uma pitada de raspas de limão. Misture bem. Acrescente o mel e a hortelã e despeje sobre a salada. Sirva logo depois..


Salada de Cenoura com Passas

Ingredientes:

200 g de uva passa branca sem semente
1 cálice de vinho do Porto
6 cenouras
2 dentes de alho
2 colheres de sopa de suco de limão
2 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de gengibre
1 gema
1 colher de chá de canela em pó
Meia colher de café de pimenta-do-reino
Meia colher de café de sal e
3 colheres de sopa de mel

Modo de preparação:

Coloque a uva passa de molho no vinho e o alho amassado de molho no azeite por três horas. Bata a gema até dobrar de volume. Acrescente o suco de limão, sem parar de bater. Acrescente aos poucos o azeite. Retire a pimenta, o alho e o sal; reserve. Coloque a cenoura ralada, no ralador grosso, numa saladeira e misture com a uva passa escorrida, a canela e o mel. Leve à geladeira. Quinze minutos antes de servir, regue a salada com a mistura da gema e o molho de azeite. Retorne à geladeira até o momento de servir.



Salada de Legumes com Ricota

Ingredientes:

3 xícaras de chá de ricota
Meia xícara de chá de iogurte desnatado
1 colher de sopa de manjericão picado
Três quartos de xícara de chá de alho-poró picado
1 xícara de chá de pepino em cubos
2 colheres de sopa de cebolinha picada
1 colher de sopa de suco de 1 limão
Um quarto de xícara de chá de salsinha picada
Meia xícara de chá de rabanete picado e
Meia colher de café de sal

Modo de preparação:

Coloque a ricota numa tigela, junte com o iogurte e mexa. Acrescente todos os outros ingredientes e misture bem. Leve à geladeira até a hora de servir.


Salada de Lentilha


Ingredientes:

2 xícaras de chá de lentilha
4 dentes de alho
1 cebola média
2 colheres de sopa de gengibre ralado
1 colher de chá de pimenta-do-reino
1 folha de louro
1 colher de sopa de raspas de laranja
1 colher de sopa de vinagre
1 colher de chá de curry
1 colher de café de sal e
1 colher de sobremesa de cebolinha picada


Modo de Preparação:

Lave e escorra a lentilha. Leve ao fogo médio, numa panela antiaderente, por cinco minutos, a cebola picada, o alho amassado e o gengibre, até a que murchem. Junte a lentilha, a pimenta, o louro, o curry e o sal. Acrescente duas xícaras e meia  de chá de água e aumente o fogo até ferver. Diminua o fogo, tampe e cozinhe a lentilha até ficar macia, mexendo algumas vezes.. Coe a lentilha e passe sob água corrente e reserve. Coloque o vinagre numa tigela de vidro, despeje uma colher de sopa de azeite em fio e bate.. Junte a cebolinha, a salsinha e as raspas de laranja. Junte a lentilha e misture. Tampe e leve à geladeira por uma hora.


Salada de Feijão

Ingredientes:

Meia xícara de chá de salsinha picada
500 gramas de feijão manteiga
1 cebola grande
2 tomates
1 pimentão verde
1 pimentão vermelho
2 dentes de alho
1 galho de tomilho
2 folhas de louro
Um quarto de xícara de chá de cebolinha picada
2 colheres de sopa de vinagre
Um quarto de xícara de chá de salsinha picada e
2 colheres de sopa de azeite

Modo de preparação:

Coloque o feijão de molho por duas horas. Escorra e coloque em uma panela, acrescentando , o alho amassado, a cebola picada, o louro, o vinagre e o tomilho. Cubra os ingredientes com água e leve ao fogo, por uma hora. Corte em pequenos pedaços os tomates e os pimentões. Depois coloque em uma tigela, junte  a cebolinha, a salsinha, o azeite e tempere com pimenta-do-reino. Escorra o feijão, coloque numa travessa. Depois de esfriar, adicione o molho. Misture bem e leve à geladeira até a hora de servir.


Salgados


Berinjela à Chinesa

Ingredientes:

8 berinjelas firmes cortadas em cubos
2 colheres de sopa de gengibre ralado
4 dentes de alho
1 colher de sopa de óleo de gergelim
2 colheres de sopa de açúcar
2 xícaras de chá de caldo de galinha caseiro
1 colher de sopa de vinagre de vinho tinto e
8 cebolinhas pérola

Modo de preparação:

Leve ao fogo médio para aquecer, em uma frigideira grande, o óleo. Coloque a berinjela e cozinhe cinco minutos até que fique macia. Retire do fogo e, com uma colher de pau, pressione a berinjela contra as laterais da frigideira para tirar o excesso de óleo. Retire a berinjela e volte a frigideira ao fogo, aqueça o óleo, adicionando o gengibre e o alho amassado. Cozinhe por um minuto e adicione o caldo de galinha e o açúcar. Deixe levantar fervura e junte a berinjela. Cozinhe por três minutos, sempre mexendo. Acrescente o vinagre e o óleo de gergelim, misture bem e coloque numa tigela. Deixe esfriar e decore-a com a cebolinha. Sirva depois de esfriar.


Cenoura com Iogurte

Ingredientes:

1 xícara de chá de cenoura em tiras finas
1 xícara de chá de iogurte desnatado
Um quarto de colher de chá de cominho
1 colher de chá de açúcar mascavo e
Um quarto de xícara de chá de cebola picada pimenta-do-reino a gosto


Modo de preparação:

Cozinhe a cenoura em água fervente e por 30 segundos. Depois escorra e espere esfriar. Misture o iogurte e os demais ingredientes. Leve à geladeira até servir.



Lasanha de Legumes

Ingredientes:

Massa:
Massa para lasanha pré-cozida

Molho à bolonhesa:
500 gramas de carne moída (colchão mole)
2 colheres de sopa de cebola picada
1 cenoura média cozida
Meio maço de manjericão 
2 folhas de louro 
2 latas de molho de tomate pronto
6 ramos de tomilho 
2 colheres de sopa de azeite e
1 xícara de chá de proteína texturizada 

Recheio de berinjela:
2 berinjelas 
2 colheres de sopa de azeite 

Cobertura:
3 colheres de sopa de queijo cottage


Modo de preparação:

 

Molho à bolonhesa: Refogue a cebola picada, Quando atingir a coloração acrescente o azeite. Junte a carne moída. Acrescente a proteína texturizada, quando a carne começar a soltar água. Acrescente o molho de tomate e as ervas. Deixe cozinhar por alguns minutos até apurar o molho. Junte as cenouras já cozidas. Reserve

Recheio de berinjela: Corte as berinjelas de comprido e tempere com azeite. Asse em forno pré-aquecido por 40 minutos. Tire a polpa da casca e amasse bem. Reserve.

Montagem: Numa forma refrataria despeje um pouco do molho. Cubra com as fatias de massa para lasanha pré-cozida. Deite metade do recheio de berinjela e logo depois a massa. Depois coloque uma camada de molho, massa, berinjela e para finalizar coloque a cobertura com o queijo cottage.

Leve ao forno pré-aquecido até que doure o queijo. Sirva imediatamente. 


Peixe Grelhado com Alecrim


Ingredientes:

1 quilo de filé de peixe
20 colheres de sopa de farinha de trigo
1 colher e meia de sopa de margarina sem sal
1 colher de sopa rasa de alecrim fresco e
5 Limões


Modo de preparação

Temperar o peixe com os limões e reserve. Em um prato, misture a farinha e o alecrim. Passar o peixe nessa mistura e grelhe.


Jardineira de Legumes


Ingredientes:

8 vagens
1 chuchu
2 cenouras grandes
1 beterraba média ralada
1 dente grande de alho
1 xícara de cebola ralada
2 colheres de sobremesa de margarina de milho sem sal
salsa e cebolinha a gosto e
óleo vegetal para untar


Modo de preparação:

Lave e rale a beterraba. Lave os outros legumes e corte em quadrados. Cozinhe al dente os legumes, escorra. Frite numa panela a margarina, o alho e a cebola. Depois coloque os legumes cozidos e cozinhe por dez minutos. Coloque num pirex untado e salpique com a salsa, a cebolinha e a beterraba ralada. Coloque no forno por mais dez minutos. Sirva quente.


Frango de Panela

Ingredientes:
04 coxas com ante-coxa
01 cabeça de alho amassada
02 colheres de sopa de margarina de milho sem sal
01 colher de sopa de hortelã seca
01 colher de chá de gengibre picado
01 xícara de chá de vinho tinto seco e
01 xícara de cebola ralada

Modo de preparação:

Lave a coxa com a sobre-coxa, retire a pele. Coloque a margarina de milho sem sal com o alho e a cebola ralada, numa panela, frite bem.  Depois coloque o frango. Dispense o caldo do frango e coloque o vinho.  Junte o gengibre, até o frango cozinhar. Finalmente coloque o hortelã picado. Sirva com arroz branco.

Peixe com Espinafre

Ingredientes:

1 kg de badejo
2 dentes de alho
4 colheres (sopa) de suco de limão
1 colher (sopa) de endro picado
1 colher (sobremesa) de orégano picado
½ colher (café) de sal pimenta-do-reino
1 colher (sopa) de margarina vegetal cremosa sem sal
1 cebola grande
1 maço de espinafre
1 pimentão verde
½ xícara (chá) de maionese light
2 colheres (sopa) de salsinha picada

Modo de preparação:

Tempere o peixe com metade do suco de limão, o alho amassado, o orégano, o sal o endro e a pimenta a gosto. Deixe temperar por 15 minutos. Coloque em uma fôrma refratária untada com margarina e cubra com papel-alumínio. Leve para assar em forno preaquecido, por 15 minutos.  Coloque a margarina, numa panela, leve ao fogo para derreter, adicione a cebola ralada e refogue. Junte o espinafre, o pimentão picado, o resto do suco de limão e refogue. Retire do fogo, escorra o líquido e pique o espinafre. Adicione a maionese e a salsinha e misture bem. Coloque um pouco da mistura sobre cada filé e sirva.



Peixe com Alecrim

Ingredientes:

1 quilo de filé de peixe
10 gramas de alecrim fresco
300 gramas de farinha de trigo
5 limões e
50 gramas de margarina sem sal

Modo de preparo:

Tempere o peixe com os limões espremidos.  Em um prato, misture a farinha e o alecrim. Passar o peixe na mistura e grelhe. Serva com arroz integral.


Pasta de Ricota com Cebola

Ingredientes:

1 envelope de sopa de cebola desidratada
1 xícara e meia chá de ricota amassada  e
1 xícara de chá de maionese baixo colesterol e baixa caloria


Modo de preparação:

Obtenha um creme grosso misturando a sopa de cebola e a maionese. Adicione a ricota. Leve à geladeira. Sirva com torradas ou fatias de pão integral.



Batatas à Hortelana



Ingredientes:

 

1 quilo de batatas
Meio quilo de alcachofras
1 pimentão vermelho
1 xícara de ervilhas
2 dentes de alho
1 cebola
Pimentão e ervas a gosto e
Azeite de oliva

Preparação:

 

Corte os vegetais e pique o pimentão, o alho e a cebola. Refogue o pimentão, a cebola, o alho, numa panela, com um pouco de azeite. Quando a mistura estiver refogada acrescente as batatas, deixando dourar. Junte as ervilhas e as ervas. Retire quando as batatas estiverem douradas. Sirva.



Truta com Laranja

Ingredientes:

6 filés de truta
2 copos americanos de suco de laranja
1 cebola picada
4 dentes de alho amassados
1 xícara de chá de creme de leite light
2 colheres de chá de coentro picado
1 pitada de pimenta-do-reino
1 colher de café de louro em pó
1 colher de café de manjerona e
1 colher de sopa de cebolinha picada

Modo de preparação:

Lave as trutas e seque. Misture bem o suco de laranja e os demais ingredientes. Despeje a mistura sobre as trutas e deixe por 30 minutos. Unte com margarina uma fôrma refratária, coloque as trutas.  Regue com a marinada e leve para assar em forno pré-aquecido por 20 minutos até assarem. Retire os filés com uma escumadeira, coloque em uma. Coe o caldo que está na assadeira e leve ao fogo. Depois junte o creme de leite e aqueça até quase ferver. Despeje o molho sobre as trutas, polvilhe com a cebolinha e sirva.


Sobremesas


Taça de Frutas


Ingredientes:

3 morangos grandes
1 maracujá pequeno com semente
1 manga pequena
1 kiwi grande
1 colher sopa de açúcar refinado e
4 colheres sopa de iogurte desnatado

Modo de preparação:

Lave os morangos, manga e descasque o kiwi. Corte a metade das frutas em cubinhos. Colocar na taça. Misture ao iogurte o açúcar e adicione das frutas picadas. Disponha em cima do creme pedaços das frutas e rege com suco de maracujá e açúcar.


Laranja Relâmpago

Ingredientes:

04 laranjas seletas grandes descascadas
04 colheres de sopa de coco ralado
04 claras de ovos e
04 colheres de sopa de açúcar refinado

Modo de preparação:

Lave a descasque as laranjas e depois corte em meia lua. Bata as claras com o açúcar até obter um merengue firme. Separe quatro taças de vidro grandes, lave e deixe-as úmidas. Arrume as laranjas em camadas, o merengue e polvilhe com o coco ralado. Sirva gelado.


Banana Passa com Cerejas e Chantilly

Ingredientes:

02 pacotes de bananas passa
01 pote de cerejas ao marrasquino e
02 xícaras de chantilly ligth

Modo de preparação:

Pique as bananas passa e misture com as cerejas sem o licor. O licor deve ser separado.
Bata o chantilly numa travessa grande de vidro. Coloque a banana, misturando com as cerejas. Cubra com chantilly batido e coloque por cima o licor de marrasquino. Sirva gelado.


Taça de Frutas e Flores

Ingredientes:

60 gramas de morango
30 gramas de maracujá com semente
60 gramas de manga
60 gramas de kiwi
25 gramas de açúcar refinado
20 gramas de iogurte desnatado e
Flores para decorar

Modo de Preparação:

Descasque o kiwi e lave os morangos e manga e corte a metade em cubinhos. Coloque na taça. Misture ao iogurte, o açúcar e coloque em cima das frutas picadas. Coloque em cima do creme pedaços das frutas e regue com suco de maracujá com as sementes e açúcar. Decore com as flores.



10 Dicas sobre Hipertensão

Apure a pressão arterial pelo menos uma vez por ano e em todas as consultas médicas.

Adote uma alimentação saudável: não coma frituras, coma mais verduras, legumes e frutas.

Reduza o sal na alimentação. Tire o saleiro da mesa!

Pare de fumar!

Reduza o consumo de álcool ou, de preferência, pare de beber!

Pratique atividades físicas todo o dia.

Mantenha seu peso ideal, evite a obesidade.

Siga as orientações de seu médico.

Nunca abandone o tratamento da doença e as prevenções recomendadas.

Evite o estresse. Tenha mais tempo para o lazer e para os familiares.  


Fontes de Informação

Livros

“Desembarcando a Hipertensão”. Fernando Lucchese, LPM, 2010
“Guia Clínica Mayo sobre Hipertensão”, Sheldon Sheps, Editora Anima, 2008
“Manual de Hipertensão”,Antonio Carlos Pereira Barretto e outros, Lemos Editorial, 2002
“Guia da Saúde Familiar Pressão Arterial”, D.G. Beevers, Editora Três, 2008
“Receitas para Hipertensos”, Margarida Valenzi, Editora Marco Zero, 1998
“Guia da Saúde Familiar Stress”, Greg Wilkinson, Editora Três, 2008
“Guia da Saúde Familiar Enxaqueca e Dores de Cabeça”, Márcia Wilkinson e Anne MacGregor, Editora Três, 2008
“Seu Guia Prático sobre a Saúde da Mulher”, Lúcia Helena de Oliveira e outros, Editora Abril, 2000
“Pressão Alta e Stress: o que Fazer Agora?”, Marilda Lipp e João Carlos Rocha, Editora Papirus, 2007
“Viva Bem com seu Coração”, Worney Almeida de Souza, Editora Nova Fronteira, 2015


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